quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

VI - Ver


Abrir o leque.

Oceanofazer o riozinho do quadrado com quadrados "errados".

Formas de dar voz (ou cara) a uma percepção que não encerra o fenômeno da percepção em si em um conceito de realidade definitiva.

Como os movimentos de Yamaguchi-sensei no tatame: dobrar o quadrado com o redondo - o redondo dos quadris,

redondo do zero.

A arte pode ser como palma de Buda. Palma vazia.


Nem só de “Bom dia” e “Será que vai chover” (arroz de experiência) pode viver o homem. A não ser que queira manter-se fechado, preconceituoso, intolerante, ignorante, irreal.



Sempre gostei de ver os quadros de Mondrian, dentre outros motivos, porque são bons exemplos desse aspecto da arte de redescobrir aspectos do real (essa coisa que n´existe pa, afinal).

Também gosto deles porque, ao contrário do expressionismo abstrato, são “de boa”. Não carregam emoção forte (Pollock), sonho forte (Kandinsky). É beebop , não Billie Holiday.

Acho divertido olhar essas pinturas. Mas não falo de mera gestalt de senso comum. Acho interessante mesmo a idéia de invenção: vento fresco, des-velamento.

No entanto tem que colocar o egão de artista de lado. Arte para espairecer o espírito, fazer aumentar os olhos, não o umbigo.

Às vezes essa pode ser uma forma de começar a perceber melhor o que também quer dizer harmonia: saber aceitar (e até muitas vezes apreciar) a mudança inerente a todas as coisas.



Notas: A pintura acima é de Piet Mondrian, se intitula "Composition in Blue" e supôe-se que foi composta em 1917.
Mondrian foi o criador do Neoplasticismo e formulador de teorias estéticas próprias.

Clicando na imagem ela aparece em tamanho maior... melhor pra apreciação.



sábado, 9 de fevereiro de 2008

V - Neurociência e Meditação

Abaixo, link pro youtube com uma matéria da National Geographic.
Muito interessante o diálogo entre ciência e prática meditativa.

Dalai Lama, líder espiritual da linhagem Gelugpa do budismo tibetano (e não reencarnação de Buda, rs) , sempre gostou de incentivar essas experiências.
É um ótimo trabalho em conjunto.
Também muito exemplar a postura do Dalai Lama, de ter dito várias vezes em seus depoimentos que os budistas deveriam descartar tudo aquilo que a ciência provar ser mito dentro do budismo.

http://www.youtube.com/watch?v=hzPM8hAgmpA

IV - AINDA sobre o motivo do blog

Ainda vai acabar aparecendo aqui muitas
coisas desnecessárias e tolas sobre o budismo.
Que me perdoem o fedor (nota essa relativa
aos que possam sentir algum; digamos que
se trate aqui de uma "nota estilística"
).





O candidato a monge com
Uma bolinha de meia
e dizendo
"Isso é o universo inteiro"
O Professor do Dharma:
"Venha até aqui"
Três pauladas nos ombros.

Tudo a mesma coisa nos velhos portais,
exceto flores.

ninguém entende essas flores...









III - ei!





Ainda sobre as razões do Blog.

Interessante poder fazer alterações e não fechar o processo de criação. Há possibilidade de revisão a toda checada cotidiana. =)

Ex:

Na publicação anterior mesmo fiz pequenas mudanças pra resaltar a sonoridade, levando em conta a preferência por sonoridade bem sutil, como a que se aprende com Marianne Moore ou João Cabral via Marianne Moore também:

"Por vontade de expressão e comunicação (co-operação (...)"

"Por vontade de comunicação, expressão (co-operação (...) "

Realmente um exercício de aprimoramento ótimo.
Acabei usando algo muito semelhante a um Mário Faustino ("a vela acesa, a cinza vela"). Vai haver também uma dupla significação em co-operação, possível pela forma de manuseamento do verso.


(ou ficar atento se

do perfurar o próprio discurso sai o osso,
digamos, o motivo mais nobre)

(ou ficar atento - digamos, o motivo mais nobre -

se do perfurar o próprio discurso sai o osso);



Coisa boba aqui não pecebida antes. Com a disposição de agora e outro manuseio da distribuição, melhoraram as assonâncias em O e S.



Enfim, dá pra fazer isso toda hora que se quiser fazer. Não precisa haver fechamento da revisão e da reconstrução.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

I - Do Motivo do Blog

Por vontade de comunicação, expressão (co-operação

bem vinda de quem quiser aproveitar essa vantagem de trocas que um blog oferece);



Uma experiência (como qualquer outra motivada por curiosidade e que pode resultar em
fracasso... talvez =);



Exercício do artesanato da palavra (ou pela linguagem polir o espírito crítico);



Exercício de conscientização do si mesmo (ou ficar atento -
digamos, o motivo mais nobre -

se do perfurar o próprio discurso sai o osso);




Tentativa de pôr pra escanteio o desnecessário (polir o ser na origem de todos os fluxos:
o Kami).



E, a favor de toda sinceridade à despeito de qualquer "sisusidade", é um passatempo melhor que TV

( =P ).

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

I - Do motivo do Blog

Por vontade de expressão e comunicação (co-operação

bem vinda de quem quiser aproveitar essa vantagem de trocas que um blog oferece);


Uma experiência (como qualquer outra motivada por curiosidade e que pode resultar em
fracasso... talvez =);


Exercício do artesanato da palavra (ou pela linguagem polir o espírito crítico);


Exercício de conscientização do si mesmo (ou ficar atento se

do perfurar o próprio discurso sai o osso...
digamos, o motivo mais nobre);


Tentativa de pôr pra escanteio o desnecessário (polir o ser na origem de todos os fluxos:
o Kami).

E, a favor de toda sinceridade à despeito de qualquer "sisusidade": é um passatempo melhor que TV

( =P ).