No filme
O Roberto passeia
Numa boa
Num tanque
Com as garotas
bobolouco
não sou como eles
posso fingir
foi-se o sol
tenho um isqueiro
já era o dia
me divertindo ainda
acho que sou um bobo
mas louco
é quem me diz
e não é feliz
não é feliz
eu juro que é melhor
não ser um normal
se eu posso pensar
que deus sou eu &
brllllluuuuuuuuuuuuu!
meu coração
quebrou-se
tenho um pouco de
COLA
vamos cheirar
e tentar remenda-lo juntos
vamos passear nas nuvens
depois vamos cair
numa puta ressaca
queimar de sol
adormecer
querer longe
a alma uma pechincha
licão aprendida
me queira sorte
arder tranquilo
me acorde
se eles têm três carros
eu posso voar
se eles rezam muito
já estou no céu
sim sou muito louco
não vou me curar
já não sou o único
que encontrou a paz
“A maioria das pessoas lê poesia como se fosse prosa. A maioria quer ‘conteúdos’ mas não percebe formas. Em arte, forma e conteúdo não podem ser separados. Perguntava o poeta Yeats: ‘Você pode separar o dançarino da dança?’ Quem se recusa a perceber formas não pode ser artista. Nem fazer arte.”
(décio pignatari)
una carta
- fala, meu amigo argentino/
estimado señor/
cujas noites enredadas pelo tango/
perezperón/ la lucha/
le peras, gardênias/ gardéis & cabezas/
sangue acelerado do chimarrón/
melhor cervezas que iglesias/
tal como no passado/ in vino veritas/
noites alegres de cantar mujeres/
estrellas & mujeres/ mujeres estrellas/
contra a imensidão do manto escuro/
(...)
talvez jamais entenderia/
menos ainda concordaria/
com tais versos:/
como 'são belos sim estes desertos///////
e tudo mais é só/ um/ sopro/ e foi. /'
fraternas/ saudações.