domingo, 11 de setembro de 2011
CV - carta de apresentação (de artistas e poetas contemporâneos)
guardo os tigres nos bolsos
glorifico os percevejos
habito a lua
o seu lado escuro
CIV
falo merda pra caralho
sou gente
tenho o coração do lado esquerdo
e nos dedos, okêi?
então sigamos tu e eu
enquanto a chuva
ainda é gelada e dá
pra lavar o rosto
ah! ameixas
vemelho
vermelho na língua
e nas pálbe
bra
s
sábado, 4 de junho de 2011
C - κοινὴ διάλεκτος
Eles diziam “bárbaros”
E os achavam perigosos
Não compreendiam como o ar
Ali, na garganta deles, também causava
música
Bah! É inevitável
Não vamos conhecer nem sequer uma tribo humana que dure o que interessa que não saiba gostar
Então, para aqueles que falam ainda a língua dos estúpidos (pois esses realmente precisam de algum chacoalho):
Vão tomar no cú, seus imbecis!
...
quarta-feira, 11 de maio de 2011
XCVIII - Paisagem prontamente imaginada – Hommage ao domingo
Borboletas e salmões coloridos no prato de plástico.
Praças pintadas de bandeirinhas triangulares.
O chão cobriu-se com latinhas de coca-cola
E beberam o ar que agasalhava as falanges, de manhã.
Ontem os óleos do sono foram tomando as pálpebras
E voltamos para adormecermos por sobre os tapetes de pétala
Pêras. Lembro, abria o seu hálito doce.
E sossegava o queixo nas mãos recitando alguns versos de Drummond e dos Vedas
Abertos por cima de Vergilius e Clarisse que já adormeciam dentro, na bolsa de lã trançada com os doces desenhos africanos.
Ninfas navegam a brisa alisando o cabelo da grama, dançam entre solenes árvores milenares
Que emprestaram silenciosamente sombra e mesura para ditadores militares.
terça-feira, 10 de maio de 2011
XCVII - o balde verde
desculpem, quem viu a foto d´um balde verde por aqui
é um desses contratempos escrever
e adormecer esquecendo o que prontamente deixou
para outros propósitos, é claro, aqui
é q utilizo às vezes o espaço deste blog
para postar em outro, outras coisas
que necessitam estar já na internet
para aparecerem por lá, questões técnicas do blogar
é louca essa situação
uma bem específica,
no mínimo de uma interpretação possível,
algo mallarmaico e plausível,
questão de dados e
(da(dos)da)
(dos)
também havia outro poema
que apaguei
vou precisar retrabalhá-lo
para ele não criar confusão
demasiada
não, não estou matando um poema, meus amigos
ele foi carinhosamente ventre-guardado
numa prática folha de word 2003
e lá vai ficar até uma boa revisada
tb tô é me poupando (só um pouco) da dor de cabeça
caríssimo público do espetáculo
acá iniciado neste mais que humilde espaço
e imensamente grato
por qualquer cabreiragem, cerveja,
reciclagem ou experiência
por aqui partilhad(os)a
o completamente louco e doido varrido escritor dessas linhas
não cansa de lhes agradecer a agradável e gentil visita, aqui debaixo do sapato
texto escrito por uma formiga
segunda-feira, 9 de maio de 2011
XCVI
o dia riu com o dedo da criança apontando a lua
nem ligue pra esse astro, morda a bochecha
depois que você descobrir que toda forma é vazio
volte para nem toda forma é vazio e assim por diante
faça o samu, cuide da sua casa como se ela fosse você mesmo,
não faça coisa alguma, acenda um cigarro e ouça e veja o sutra dos sapos coaxando: é mais místico e verdadeiro que qualquer outra coisa. não faça nada disso, eu só falo besteira.
sábado, 16 de abril de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
XCIII - se (ανατολη) rapaz
Deixe os céus tornarem-se quietos,
a terra, o oceano, os ventos.
Montanhas, vales, e os filhos dos pássaros
Todos, façam silêncio!
Eu (que vim marcado por Marte) sou Apolo.
A quem o velho uma vez chamou (de Phoebus
(o de cabelos (meio, vá lá...) longos)
Sou a beleza, a arte
e O S
O L