segunda-feira, 13 de janeiro de 2025


poema das obviedades - IX

(primeira versão)


Sempre há algo que não se sabe

Sempre há algo de não saber

Nunca falta nunca faltará 

para ninguém 

em todo universo 

algo que não se sabe

Ridículo e triste 

Talvez sobretudo ridículo 

Quem-tudo-sabe

Toda e qualquer religião 

Psicotontos tentando

Encaixar pessoas 

tão diversas em suas teorias

Todo preconceituoso 

Horroroso cheio de ideias

Certas de quem é o outro 

E o que deseja o que deveria 


Sempre há algo que não se sabe

Sempre há algo de não saber

Nunca falta nunca faltará 

para ninguém 

em todo universo 

algo que não se sabe