poema das obviedades - IX
(primeira versão)
Sempre há algo que não se sabe
Sempre há algo de não saber
Nunca falta nunca faltará
para ninguém
em todo universo
algo que não se sabe
Ridículo e triste
Talvez sobretudo ridículo
Quem-tudo-sabe
Toda e qualquer religião
Psicotontos tentando
Encaixar pessoas
tão diversas em suas teorias
Todo preconceituoso
Horroroso cheio de ideias
Certas de quem é o outro
E o que deseja o que deveria
Sempre há algo que não se sabe
Sempre há algo de não saber
Nunca falta nunca faltará
para ninguém
em todo universo
algo que não se sabe