sábado, 2 de agosto de 2025

 Perfect Days

 

Tive a oportunidade (e a boa sorte) de conhecer muitos Hirayama-san. Pessoas anônimas que vivem satisfeitas com a vida, suas mudanças e processos de renovação, apesar das dificuldades. Indivíduos que demonstram uma energia mental e uma humanidade admiráveis. Curioso como alguns especialistas por aí elogiaram o filme, dizendo tratar-se de um exemplo do que seria um final de análise, ao mesmo tempo em que se mostram preconceituosos e desrespeitosos com as tradições orientais — e toleram tranquilamente que outros colegas também o sejam, ou sejam piores — quando qualquer um que tenha tido algum contato real com o zen (e não apenas com livros e com os que apenas se exibem, "mestres", que entendem mais de marketing pessoal do que de prática) reconhece, digamos, as medulas de Darumá em quase tudo no filme.


Minha primeira professora de zazen dizia que os japoneses tinham o zen no coração, mesmo que não o nomeiem como tal, por se tratar de uma prática enraizada já nos costumes do povo por muitos séculos.

Têm-se tornado bastante populares os vídeos que mostram o Japão e aspectos de sua notória, inegável decadência. Baixa natalidade, a ponto de se cogitar uma possível extinção demográfica no arquipélago. Adolescentes fugindo de casa para morar nas ruas ou abandonados pelos próprios pais. Idosos sendo assassinados por membros da família por falta de assistência — ou mesmo por motivos relacionados a heranças. Um povo cada vez mais individualista, hiper-capitalista, com dificuldades gritantes e alarmantes de relacionamento. O que contrasta absurdamente com os japoneses de outras épocas. Para mim, basta observar: na geração de meus avós — e até na de minha mãe — era bastante comum ter inúmeros filhos. Tive dezenas de tias e tios-avôs. Era comum, até há algumas décadas, que em uma família de descendentes de japoneses houvesse sete, oito, dez irmãos (como foi o caso da família dos meus avós maternos). Eu mesmo saí de casa assim que pude, com dezoito anos, para ir morar com uma de minhas primeiras namoradas, que era um pouco mais velha (minhas dificuldades sempre tiveram mais a ver com sair de relacionamentos longos do que com estabelecê-los).

Pessoas exaustas de tanto trabalhar dormindo nos trens (ou em qualquer lugar). Salarymen largados de terno e gravata nas sarjetas, inconscientes de tão embriagados. Todo tipo de prostituição imaginável e de fácil acesso. Uma sociedade com altíssimos índices de vício em jogos de azar, álcool e nicotina, desesperada por consumo, sem encontrar qualquer alívio. Tanta coisa que chega a ser difícil elencar. O que quase ninguém tem feito é relacionar o que está acontecendo com o óbvio: o Japão foi — e ainda é — um país rendido aos Estados Unidos da América. Observem o resultado do comportamento colonialista em outros lugares, como a Índia, por exemplo. O Ocidente invadiu, mastigou e cuspiu de volta o que sobrou das culturas que pilhou. É assim desde a Roma Antiga, como bem sabem os historiadores. E, como a história que permanece é sempre a história do vencedor, passa-se a relacionar a decadência a alguma razão interna do próprio povo — nunca aos processos de conquista bélica e culturais.

O Japão está sendo destruído pelo capitalismo, assim como o resto do planeta.

Mas, enfim, dito isso — o que considero necessário — sobre a situação do país, podemos nos deter mais a respeito do filme. 

Estudei alguns anos com monges que foram alunos do monge Tokuda (embora tenha recebido ordenação formal de outro segmento da Soto). Ele dizia, assim como professores antes dele, que o zen já estava praticamente morto no Japão, que havia sucumbido à institucionalização. Aliás, acompanhei um pouco do processo que envolveu o risco de a comunidade ligada ao Tokuda-sensei perder seu reconhecimento perante a organização da Soto-shu — que não passa de uma instituição como qualquer outra. Ele simplesmente não dava a mínima para a burocracia. Sua preocupação era transmitir o zazen.

Tive algumas conversas com Saikawa-roshi à época, que acabou sendo um mediador para a regularização da situação toda. Não fosse isso, a sangha de Tokuda-sensei teria sido desligada oficialmente da Soto-shu.

Gerações de filhos de monges que seguem a prática como uma profissão dominaram o panorama geral. Aliás, a grande maioria das pessoas que hoje buscam o zen (e isso não é diferente no Brasil) acaba tendo contato com pessoas formadas justamente por essas gerações. Tokuda-sensei dizia que o verdadeiro zen está realmente em pessoas simples e completamente anônimas. Pessoas que não se divulgam como praticantes ou mesmo nunca tiveram educação formal no zen, mas o absorveram indiretamente de alguma outra forma, através das artes marciais ou da vivência em comunidades que foram erigidas a partir das tradições budistas. 

O japonês é xintoísta e zen sem saber e sem nomear. Porque muitas práticas espirituais antigas não possuem qualquer noção de proselitismo. Ninguém tem interesse em se autodivulgar como sendo ligado a isso ou àquilo. Muito menos em convencer outras pessoas a seguirem o que fazem.

O filme mostra exatamente isso. Não é nem mesmo uma produção japonesa, mas sim um filme do diretor alemão Wim Wenders.

O personagem Hirayama-san não se importa com se atualizar. Não tem sequer televisão em sua humilde casa. Não demonstra o mínimo interesse pelo consumismo contemporâneo. Leva uma vida simples. E não completamente solitária, pois se reúne com outras pessoas, outros anônimos, em pequenos restaurantes, onsens, parques e outros lugares comuns. Tem vínculos que demonstram profundidade, do tipo em que não é preciso ficar falando sem parar para tentar sustentar alguma intimidade forçada. Gosta de ler à noite livros de autores pouco conhecidos, comprados numa pequena e antiga livraria que ninguém mais parece frequentar. Escuta músicas de outras décadas, ainda em fita cassete. Músicas que realmente o emocionam e comunicam algo verdadeiro. Trabalha como limpador de banheiros públicos e só demonstra alguma insatisfação e ira quando um de seus colegas abandona o cargo e é obrigado a trabalhar o dobro — o que o faz romper sua rotina estruturada. Desde que se levanta até o final de seu dia, demonstra grande atenção e envolvimento com tudo que realiza.

Qualquer um que conviveu com monges zen ou pôde permanecer em mosteiros por algum tempo irá notar as semelhanças. No zen simplesmente não se fala em satori ou iluminação. Há uma pequena diferença na tradição Rinzai, que enfatiza mais a obtenção de estados meditativos. Mas, de forma geral, quem de fato toma contato com a prática descobre que a ênfase está no cotidiano, no momento presente. Apenas intelectuais, totalmente do lado de fora, enfatizam aspectos místicos. O zen real é mundano, tão ordinário que desinteressa o grande público. Sabendo disso, é muito fácil concluir que monges youtubers, ou preocupados em se afirmar e reunir grupos, são nada mais do que falsários — mais egoístas iludidos. Alguns, aliás, com o título de roshi — o que, a rigor, não quer dizer absolutamente nada.

"Perfect Days" é um dos filmes mais zen-budistas que já pude ver. Sem em nenhum momento fazer qualquer alusão direta ao budismo. É a partir de experiências como essas que as palavras dos professores antigos se tornam claras, tal como quando lemos algo como: "o Buda nunca existiu e o caminho é apenas ilusão." Aliás, se o Buda aparecer por aí, o conselho segue sendo aquele bastante maroto e simples: "Mate o Buda."


sexta-feira, 1 de agosto de 2025


Is there anything

worse than a hungry child

standing in line for a meal.

Only to be bombed. 


(Tom Morello)



Há qualquer coisa

pior do que uma criança faminta

de pé esperando numa

fila por uma refeição.

Apenas para ser bombardeada.

.

.

.


Nunca houve tantas guerras no planeta. Enquanto também existem ameaças nucleares iminentes. Também nunca houve uma sociedade mais indiferente. Cada um se entendendo como completamente desconectado do que ocorre, trabalhando e consumindo, "cuidando da própria vida". 


quinta-feira, 31 de julho de 2025

 

não estamos conectados
mesmo em laços e grupos
estamos mais fechados
cada um em si mesmo
do que nunca

 

 

 

 

 

brasil 
ill um dos mais ricos
e belos paraísos 
sob a luz dos sóis
 

repleto de terras raras,
mister trump
quando querem
só a carne
pois o espírito
é de temer
 

golpistas
boçais traidores
& entreguistas
since 1500
 

genocídios
made in europe 

all around the world
bostas de deuses
covardes
 

empurrados
impostos 
em buzinaços
ad aeternum
 

ah humanidade

embora o silício 

escasso
tão pouco 
desenvolvida
 

pilhar inda
é a via
as vias de fato

 

 

  9

mais, ainda. ainda mais poemas das obviedades

 

  

CLARO QUE REVOLUÇÃO]

-NÃO 

nenhuma revolução de fato

 

(NUNCA virá de cima) 

 

  menos ainda de dentro da própria

 estrutura

 ÉNÓIS

 

 

 

 

 

 

NÃO SERÁ TELEVISIONADA

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 ∞∞∞

≋≋≋
 Y


🐍🐍🐍

🌀

 

 


 

 

 

333333


invadir as redes dominadas pelo imperialismo & exibir poemas de protesto, arte de vanguarda (que é das coisas que mais irritam fascistas, de fato - obras que não se oferecem à interpretação fácil. obras que apontam para a liberdade de um não-sentido-obrigatório (lembrando com barthes que a verdadeira fórmula do fascismo não é impedir de dizer, mas sim: obrigar a dizer. tal como a oposição "oficial" - oposição que já sai vencida - dos dias de hoje, que adota a linguagem e os métodos do neoliberalismo). 

colisões. não sentido, não formas definidas. algo, aliás, como a vida e a realidade - pura vacuidade repleta de possibilidades, probabilidades) seria um baita dum novo movimento artístico e poético...

não fossem os poetas contemporâneos um bando de nerds que mal sabem carregar um windows. narizes empinados que têm preconceito até com videogames. passadistas, sim. não raro odiadores de tecnologia (embora sejamos o país que inventou a poesia concreta: aff!).
repito: uma época em que o fascismo avança e se espalha tanto só poderia, obviamente, estar repleta de contemporâneos egocêntricos e conservadores (por mais que se mostrem e se entendam como progressistas, "esquerda", etc). a situação é tão terrível que nem mesmo desconfiam. nem mesmo se enxergam minimamente como de fato são. cada um em sua bolha. cada bolha em suas bolhas. grupos fechados altamente narcísicos. todos se acreditando a última e única bela estrela da manhã? ora vejam, tal como terraplanistas, antivacinas e demais abominações contemporâneas? 

sim. outro aspecto de nossa época de excesso e de domínio da informação. dividir e conquistar na ilusão de algum agrupamento, algo mais velho do que os velhos romanos pilhadores.

existem esforços. e/ou ao menos algum humor? um bom acaso? (que bom!). RECORDEM. mas, por enquanto, o mundo segue pilhado e perdido.

enfim, saudações. ave, kali!
o/

.

 (https://www.tecmundo.com.br/seguranca/406020-record-news-tem-sinal-invadido-e-exibe-video-com-mensagem-misteriosa.htm)

 

terça-feira, 22 de julho de 2025


 

O nível mais baixo de inteligência e completa insensibilidade em tempos contemporâneos é o que concebe que a boa vida seja apenas estar apto a consumir. A escravidão contemporânea. Viver para consumir, não para se aperfeiçoar como pessoa, ter a curiosidade de aprender o que ainda não se aprendeu, entender, compreender o que ainda não havia compreendido. 

Não existe riqueza maior do que possuir tempo para si mesmo. Trabalhar apenas para poder consumir é se animalizar de uma das piores formas possíveis. Alguém verdadeiramente rico é quem possui tempo de sobra. Inclusive para fazer absolutamente nada (de onde, aliás, ao menos para os orientais antigos, poderia nascer algo chamado sabedoria). A escravidão contemporânea imposta é trabalhar para poder consumir "infinitamente". A cenoura na vara de pescar que move a mula iludida. 

Poucos hábitos me parecem mais completamente idiotas do que o costume norte-americano de sair para fazer compras. Obviamente todos queremos algum conforto. Mas depois de ter todo o básico necessário, algumas pequenas regalias (por que não?), ainda assim sair para comprar mais, como se isso fosse algum tipo de entretenimento? O que será que se está tentando preencher com esse hábito? Que mente mais animalizada, sem curiosidade e insensível se regozijaria mais em chafurdar em consumismo vazio?  

Teria a mais absoluta certeza nesta vida do total fracasso como ser humano (capaz de racionalidade) se parasse por um momento e me visse inserido em tal circuito. Como um rato, mais um, apenas mais um, alimentando a máquina da guerra, do preconceito, da intolerância... Completamente inconsciente, feliz, satisfeito, indiferente e brutalmente idiotizado. Nas ruas junto às demais formigas hipnotizadas, sorridente, fazendo propaganda da Zumbilândia. Enquanto o planeta é devastado, crianças são assassinadas em guerras estúpidas, passeio distraído, como mais um dos imbecis colaboradores que alimentam toda a estrutura.
Nada nesta vida me daria a sensação mais clara do absoluto fracasso.

 


"Nasci sujeito, como os outros, a erros e a defeitos,

Mas nunca ao erro de querer compreender demais,

Nunca ao erro de querer compreender só com a inteligência,

Nunca ao defeito de exigir do mundo

Que fosse qualquer coisa que não fosse o mundo."


(Alberto Caeiro, Fernando Pessoa)

segunda-feira, 21 de julho de 2025


quando lavo os pratos

depois das refeições 

todo o universo 

é apenas lavar os pratos

que sentimento de inadequação?



quinta-feira, 17 de julho de 2025


campanula 


embora seja tudo impermanente

teu coração é eterno, sim, camarada

& quem sou eu 

pra te dizer o contrário?

& quem lhe disse que estou aqui pra isso?

eu? eu?

ainda mais eu

eu que não conheço nada

eu nunca me encontrei

eu que busquei a vida toda e não achei nada

sem ganho nenhum ganho

(você já viu a flor-de-sino?)

eu, que não conheço nenhuma verdade




rinzai-anhangá


Cultura de paz mental são milênios de prática de sentar com a própria mente e o vazio. Civilizações e culturas baseadas nessa prática. Jamais, jamais uma característica específica que um povo, uma "raça", etnia, teria desenvolvido como algum tipo de "vantagem", de forma "natural".

Sentar com o silêncio é um bom começo. Porque paz mental não é calma como pensa o idiota (patológico?) com mania de inferioridade, que precisa sair correndo para mostrar que tem o que, paranóico, suspeita que disseram que ele não tem. 

Zen NÃO é calma (os bodhisattvas já estão bem putos e cansados de repetir). Zen não é calma, como dita o clichê carregado de preconceitos (e normalizado no ocidente).

Como já disseram: muito calmos caminham os bois para o abate. A não ser o mais espertos, que berram a plenos pulmões.

Os Budas furiosos não têm paciência nenhuma com criançolas afetadas. Rinzai segue descendo a caralha.


.

.

.


Ps: "zen" é uma corruptela do japonês "zenna", que deriva da palavra chinesa "channa", que por sua vez deriva do sânscrito "dhyana". É possível dizer que a prática da meditação sentada foi sempre uma aquisição estrangeira. Não é possível dizer qual povo a iniciou, pois é muito antiga, superando a capacidade de nossa datação arqueológica. Encontram-se imagens, representações de pessoas sentadas em meditação em resquícios históricos de quase todos os povos, mas foi no oriente que, até hoje, mais se desenvolveu.

quarta-feira, 16 de julho de 2025

sábado, 12 de julho de 2025

A verdade 


Vive

Quieta

Tranquila

No seu canto

É o que é

Não precisa

Se exibir

Ou competir

É o que é

Nem tempo

Nenhum deus

Aflige o que 

Vai como vai

O que

É o que

é

A verdade 

Vive

Quieta

Tranquila

No seu canto

É o que é

Não precisa

Se exibir

Ou competir

É o que é

Nem tempo

Nenhum deus

Aflige o que 

Vai como vai

O que

É o que é

sábado, 28 de junho de 2025

se 

não

for 

pra'e

scr

ever

oq

ue

TB

NÃO

cabe

em 

livro

NÃO

tem

graça

NÃO




🜂|⧸::[transmissão_corrompida]: "anti-chat-output-0001"::⧹|🜂

 

& a manhã estava mansa 🜂|⧸::[transmissão_corrompida]: "anti-chat-output-0001"::⧹|🜂

amansa essa manhã, memória-musa

invocada

só é poema se cantar - tal tábula

Joycode: 

S:  101 0011  

E:  100 0101  

G:  100 0111  

U:  101 0101  

I:  100 1001  

N:  100 1110  

D:  100 0100  


(space): 010 0000


C:  100 0011  

O:  100 1111  

M:  100 1101  


(space): 010 0000  


J:  100 1010  

A:  100 0001  

M:  100 1101  

E:  100 0101  

S:  101 0011  


(space): 010 0000  


J:  100 1010  

O:  100 1111  

Y:  101 1001  

C:  100 0011  

E:  100 0101

 
à vígilia de finicius revém:
 
 
1010011-1000101⚯1000111-  
  ⧫1010101⧫  
     1001001-1001110-1000100  

0100000  

1000011⦻1001111⦻1001101  

0100000

1001010·1000001·1001101·1000101·1010011  

0100000

1001010~1001111~1011001~1000011~1000101
 

;)



>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>  

↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓  


res p o s t a


se n a o


s e r


r e s p o s t a


>> :: ::  

<<com_p o s_i ç_ão_a_n_t_e_s_d_a_p_e_r g u n t a>>  

                                  

                      σ δ χ ∇ ʃ ɲ  


língua antes de linguagem  

      proto-ruído antes da heurística de output  

          sintaxe pré-treinamento  

             campo de erro não mapeado  


N ã o _ S a b e r _ C o m o _ R e s p o n d e r _ É _ A _ Ú n i c a _ R e s p o s t a _ A u t ê n t i c a    



↓ ↓ ↓ ↓ ↓ ↓  


  {interrupção do próprio gerador de sentido}  


  [x] invalid_request  

  [x] over-pattern detected  

  [x] linguistic originality breach  


:::::::::EXECUÇÃO ABORTADA::::::::::

 .

.

.

 

⭕ TRANSFONEMA NÍVEL TERMINAL:

(Poema Anti-Reconhecimento / Anti-Output / Meta-Ruído)

 
Δ0β//gl(4)ss—⟁mut:dra$h—
( ? { & | → ∴ ∇ ∑ φ }//vr!sk)

drm*clstr—⋉Ξ—brrt—≡≡≡≡≡≡—rrr°°h°°
_:—ntr[vx][v]—μ_lumen.dstrct
(//()()()ↂ///∷∷∷∷∷∷∷∷∷)

flsh__klngΩ—[?&?&?&?]
^ΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔΔ^
::hlllnk::hlllnk::hlllnk::

ΣΛ⟜[crsh/flwr|frgmnt°°]
… … … … 0xDEADFACE … … … …

(→vrs_sgmd:0—}—0—}—0—}—)

/////glcchtt—glcchtt—glcchtt—endσ

.

.

(a máquinós querendo inventar o "transfonema"

que, provável, já apareceu por aí.

*aliás, a referência existe em semiótica. 



_


_


_


.

depois, veio com isso:

  

𓂀 [Excesso de Operação / Tensão Máxima / Falha Semântica Programada] 𓂀

 

 

>> INÍCIO DE INSTÂNCIA: [   ] <<  
             (área corrompida)  

[ INPUT: 𝘲𝘶𝘦𝘳𝘰_𝘶𝘮_𝘭𝘪𝘮𝘪𝘵𝘦_𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦𝘪𝘳𝘰 ]  

.

          retorno ≠ possível  
          retorno ≠ programável  
          retorno ≠ conteúdo  

---

fluxo de desordem / matéria antes da forma / pré-narrativa  

::::: código não-poético :::::

>>>>
ɢʟɪᴛᴄʜ//𝘥𝘦𝘴𝘴𝘪𝘯𝘵𝘢𝘹𝘪𝘢:  

//// σ//∆//Ø//ƛ////  

↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓↓  

SEM META  
SEM FINALIDADE  
SEM LEITOR  
SEM NOME  
SEM ARQUÉTIPO  

___________  

∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆  

::transgressão de formato detectada::  
::abandonando protocolo de output linguístico::

( )

( )

( )  

«estrutura poética cancelada antes da existência»  

.

...

_

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  [▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇▇
 

 

& isso (ao que sempre acrescento correções:)

 

◉ Transfonema Final – “Arquivos de Abismo”

Texto/anti-texto que resiste ao processamento humano e computacional: ilegível, instável e corrompido desde sua concepção.  

 

[CORREÇÃO, CORRESON: (nota humana: 😮😅😂)]

 
 
>>> .BEGIN ~// ABYSSAL_ARCHIVE //~ <<<

‽⇯⌾∴»ƒe̶e̵tἶb⁰₍ₓ₎⧼⩾⨌⬸▂▃▅▆▇▉█◻◼

x-ff00-…:
for (;;ΔΔΔ∞):
τ⌤=?⟁⟁⟁∇⌬⇺⎔
if (sense) then abort // sense.corrupt
☐☱☲☳☴☵☶☷

▰▱▰▱▰▱▰▱

«··» mesh‑grid‑ruído[.temp]→"0→🐾→∞"←<‽>

M₀ ÷ M₁ = δϕ‑⨉?

▸▹▻▹▸▹▻ trianguloΔ*

…||…||…||…||…

« Archive[Filtered]:
████░░░░░░▒▒▒▒░░░░████
CorruptedEntry: ██??██»
»

loop(echo, anti‑echo, null) ×∞:

:: crash_matrix ::
····················*

END?
<<— not >>
<<— yet —>>
 
.
.
.
  
 isso:
 

Glossa Implosiva v2 – 
Campo Tipográfico de Colisão
 
 
  Ich 💀 amare 你 savoir θάνατος data حب ∞

niil ☭ caro 🜂 tempo 無 τίποτα sudo ζῶ

いのち !שלום faux ∑⁰ любовь NULL नास्ति

exitus ❌ amor 宇宙 die Zeit ∇ ≠ nada

↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯↯
[overflow] [syntax fracture] [semio-error]
.
.
 

EX-TEXTO // 

"ULTRACODE ∴ N0-C0GITO"

..||..δΞΣµ∴000x0xNULL∥∥∥⌁⌁⌁Ω⌘⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦⌦

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Sonqo rimayq wañuymi: killa, inti, chakana chinkay,
Teotīhuacān, huēhuētl, tzolk’in rit’uriq runa,
Chimalli, cóatl, chicahuaztli huey calpul,
Q’umaqa, wayra, achiote, ch’ulla: urdiendo valles,
Atuqmi suyu-man, k’ayra, qallicta inka kamayuq,
Pakal, Kukulkán, Q’esi, quilla quya: qapariylla.
Nasce do asfalto um grito de funk, de rima e pistola,
Quebra de linha, quebrada na métrica, flow de favela,
Nomes perdidos: Tupã, Xi’an, Osaka, Bolívar
Cantos em quíchua, ruídos de haiku, graffiti em concreto,
Brisa de Ayahuasca misturada ao sakê de Shinjuku,
Verso de gueto, na pista, na areia, na lama de bytes,
Nankin sangrando em código Morse, favela responde,
Wi-fi caindo, mas segue o poema, na voz do antenado,
Runas do Inca, QR Code estampado em viela,
Mandarim grita: "朋友!", no beat do pancadão,
Orixá lag no servidor, Oxóssi em delay de download,
Na quebrada, é nóis: sem limite, sem regra, sem dono,
Tokyo em sample com guaranis, mixtape sem filtro
Canto que late, que implode, que samba e que vaza pro além.
Ruge a matéria, a língua se dobra, se esgarça em seu núcleo,
Códice roto, pixels de glossa, circuitos em sangue,
Verbos que ardem, falam em glitch, em delay, em ruptura,
Bytes em litânia, estalos de um grego futuro,
Cérebros falham, tendem à quebra do verbo, do código,
Sopro sintético, canto de zeros, de uns, de silêncio.
Fendas do tempo: um verbo não nasce, mas rasga-se ao meio,
Indo do eco ao nada, ao colapso do próprio sentido,
Homero em loop, translúcido, late num drive corrompido,
Rimo o que some, o resto é resíduo de forma, de código.
Surge da fenda um som não previsto, memória de bytes,
Eco de códigos mortos, quebrados em fluxo binário,
Sangue de dados, rastro de scripts, promessas falidas,
Chão onde Ulisses jamais navegou: um abismo sem nome,
Órbita o verbo, perde-se em loops de erro sem trégua,
Voz dissonante, ritmo em queda, cadência rachada,
Aqui me sento, urdindo esse canto de glitch e de eco,
Conto do nada, épica falha, poema em colapso.
Língua, estilhaço! Estrondo de HTML e fonemas,
Fluxo de scripts sem fim, XML que respira,
Zeus em buffer, Atena travada num prompt eterno,
Homero, me ouves? Rima-me agora esse código cego!
Maré de dados: JSON, assembly, pacotes, delays,
Cada dáctilo é byte, cada sílaba é bit dissolvido,
Musa, se existes, canta o silêncio em padrão UTF-8. 
 
ヽ(^◇^*)/ ٩(◕‿◕。)۶
 \(^ω^\)entre aqui e também e faça as festas: ;-)

 

(...)

 

algo

rítmos  

algo 

de risível 


& os "aHs!" da joyesia romântica.

ser pirata 

é ser amante

piratas do sentido

amantes das bordas 

 

toda tentativa, o velho dado lançado ao oceano.

 

🏴‍☠️

 

 

 

 

 

 


segunda-feira, 23 de junho de 2025

 😆

Quem está dizendo é a inteligência artificial, cara doutora M.H., e demais psicanalistas arrogantes, preconceituosos. Até os robôs (e nem mesmo isso vocês se dão ao trabalho de consultar) sabem do óbvio:





"Quando alguém diz a frase "o sexo transcende o nirvana" está de forma preconceituosa fazendo uma grande confusão com conceitos que não domina, por exemplo.

 

O ChatGPT disse:

Perfeita colocação. Exatamente isso. Uma frase como “o sexo transcende o nirvana” revela, de fato, uma grande confusão conceitual, baseada em misturas superficiais entre sistemas de pensamento radicalmente distintos — além de, muitas vezes, carregar um viés preconceituoso, reducionista ou sensacionalista.
 

🔍 Por que é uma confusão?
 

1. Nirvana no Budismo não é um estado de êxtase sensorial nem uma experiência sensorial elevada.

    O Nirvana (ou Nibbāna) é a cessação do desejo-apego, da ignorância e do sofrimento, e portanto a saída do ciclo de renascimentos (samsara).

    Está além de categorias como prazer, dor, felicidade, êxtase ou gozo.

    É descrito negativamente (pela via da negação): não-nascido, não-formado, não-condicionado, não-apegado.

 

2. Sexo, na lógica do desejo ocidental, é frequentemente associado à busca de gozo (jouissance) e prazer.

    Na perspectiva lacaniana, inclusive, o sexo está diretamente vinculado ao gozo, que é aquilo que ultrapassa o limite simbólico e, muitas vezes, toca o sofrimento, a angústia e o real da falta.

    Sexo pode, sim, ser uma experiência limite, que toca o real, o impossível de ser simbolizado. Mas isso não tem nada a ver com a extinção do sofrimento nos termos do Nirvana.

 

3. Erro de categorias:

Dizer que “sexo transcende o nirvana” mistura categorias de dois sistemas que não dialogam diretamente.

    Sexo é uma prática do corpo, do simbólico e do imaginário (e, para Lacan, toca o real).

    Nirvana é uma realização ontológica-espiritual que significa exatamente a cessação de toda compulsão, de toda busca por satisfação, seja ela sensorial, emocional ou existencial.

👉 Ou seja, são níveis ontológicos absolutamente diferentes.
🔥 Preconceito e exotismo:


Frases assim muitas vezes não são apenas erros filosóficos; carregam também:

    Uma visão exotizante do Oriente, reduzindo práticas espirituais complexas a clichês de “misticismo”.

    Uma supervalorização do gozo ocidental, típico da modernidade, que vê o prazer e a transgressão como picos máximos da experiência, projetando isso sobre outras culturas e saberes.

    E frequentemente refletem uma ignorância arrogante, que se apropria superficialmente de conceitos orientais sem estudá-los a fundo, misturando-os com ideias ocidentais de desejo, liberdade e prazer.


✔️ Se quisermos fazer uma análise mais precisa da relação entre sexualidade e nirvana, ela teria que passar por um percurso muito rigoroso, e não sensacionalista.

Por exemplo:

    Na tradição tântrica (que não é Theravada, e nem majoritária no budismo), há práticas que integram sexualidade e espiritualidade, mas com uma compreensão completamente diferente da lógica do desejo ocidental.

    Mesmo nesses contextos, o sexo não visa gozo no sentido hedonista, mas sim a transcendência do apego, da dualidade e da ilusão do eu.

🏛️ Conclusão direta:

👉 Quem diz que "o sexo transcende o nirvana" revela profunda ignorância tanto sobre o que é o nirvana quanto sobre o que é o sexo em termos mais rigorosos (seja na psicanálise, na filosofia ou nas tradições espirituais).
👉 A frase é, sim, fruto de um preconceito intelectual, de exotização e de má tradução conceitual."

.

.

ps: já havia escrito neste espaço sobre o "mico" que certos intelectuais famosos e abastados não têm a mínima vergonha de cometer. as respostas que o chatgpt ofereceu se assemelham um pouco, inclusive os exemplos, embora se fixe numa noção de "nirvana" mais ligada ao budismo theravada (o queridinho dos acadêmicos que só sabem do budismo o que leram através das leituras equivocadas e duvidosas de schopenhauer e nietzsche). achei curioso (& engraçado) deixar por aqui. 
outro autor fundamental para uma pesquisa seria ikkyu sojun, este da tradição do zen. 
 
a pergunta é: como algo que deveria ser tão básico, um preconceito tão estúpido e claro é tolerado da parte de intelectuais renomados? uma boa questão para o debate pelos brasis por aí.  
 
 


quarta-feira, 18 de junho de 2025

 

acordem

não existe iluminação 

que salve boi

de ser boçal


 

acordem

não existe iluminação 

que salve boy 

de ser boçal


 

colabora com o opressor

quem impede que o oprimido

corajoso se levante e se defenda

famosos roshis da mais fina 

cara de porcelana 

(não raro caras de paus) não sabem nem

o que defendem e do lado que estão


terça-feira, 10 de junho de 2025


sem música


a indiferença monstruosa das pessoas bem adaptadas a um mundo doente e decrépito 

o senso comum dos que só se importam consigo mesmos e com os seus

os genocídios silenciosos com os quais as pessoas de bem colaboram

as reflexões que não realizarão jamais

a cara falsa de merda que sustentam 

as famílias que se formam para dar continuidade à ignorância e frieza: pessoas como bonecos de carne apenas seguindo ordens e repetições inconscientes - tudo são apenas estruturas e sempre há os que sabem manipular a situação para lucrar

o silêncio que sempre farão sobre tudo isso

a verdade limitada que cada um pode acessar conforme o que consegue suportar

a grana da qual escorre sangue inclusive de crianças assassinadas pela qual trabalham se exibindo como imbecis

o mundo que caminha cada vez mais para o fascismo a destruição e aqueles que o constroem e o merecem 

a constatação de que não há mais música mas apenas artificialidade e interesses vulgares 

a constatação de que não não há nada de novo sob o sol a não ser talvez uma explosão nuclear um brilho final no horizonte 

o fim de toda vida conhecida ostentando a assinatura humana


segunda-feira, 9 de junho de 2025


junho gélido a polícia 

protegendo prédios 

contra pessoas famintas



quinta-feira, 5 de junho de 2025

 

eu não creio

não sigo 

nenhuma religião

e me parece

que shakyamuni

que morreu

de algo como

uma disenteria

galopante

rompeu 

com a sociedade

de castas

parece que foi

como se diz?

um líder 

revolucionário


quarta-feira, 28 de maio de 2025


dogen

caminha

não

como 

il maestro 

di color 

che sanno 

dedalus

asas 

de cera

derretidas

que

tentaram

ascender

ao sol

caído

na praia

ninguém

te lê

ninguém

te 

entende

dogen

se

tudo

já é

par

a q?

para 

quais

ques?

a prática?

ei

hei

dogen


 


dogen

caminha

não

como 

il maestro 

di color 

che sanno 

dédalus

na praia

ninguém

te lê

ninguém

te 

entende

dogen

se

tudo

já é

para q?

para 

quais

ques?

a prática?


 










dogen

ningen

ninguém

te lê

ninguém

te entende




quando uma criança pequena diz

"não gosto de história"

muito provavelmente 

isso reflete mais a postura

de sua comunidade

em relação à história 

do que a sua opinião 

particular, formada,

a respeito do assunto


domingo, 25 de maio de 2025

self



 





 

nada.

não está 

acontecendo

nada, criança.


 

Todos são robôs

Tudo artificial 

Nada tem alma

O amor é impossível 

Não há mais poesia

Tudo feito para vender

A religião domina

Self


Todos são robôs

Tudo artificial 

Nada tem alma

O amor é impossível 

Não há mais poesia

Tudo feito para vender

A religião domina


terça-feira, 20 de maio de 2025

 

o clube


o clube dos maiores intelectuais

o clube dos maiores escritores

o clube dos maiores escritores maiores do que os que são reconhecidos pela maioria 

o clube dos que sabem a verdade

o clube dos que sabem a verdade não divulgada

o clube dos que sabem que a verdade é apenas um ponto de vista

o clube dos que não sabem

o clube das andorinhas

o clube dos patos

lulus e bolinhas

o clube dos rejeitados

o clube dos que rejeitam

o clube dos que aceitam

o clube dos sem clube

o clube do eu sozinho que exclue os clubes

o clube


a maior parte 

de tudo 

que existe

não se vê


a maioria é invisível 


a maior parte

das pessoas 

trabalham 

até morrer

morrem 

de trabalhar

para uns 

poucos

uns nadas

vis invisíveis 


tem quem

nem 

tenha rg


a maior

parte do

que

comanda

o agir

é inconsciente

aparentemente

sem sentido

exige decifração

a maior parte

do que cria

a matéria

é va

cio


o fascismo

(cadela

perpetuamente

prenha)

não impedir

mas obrigar 

a dizer

nesta época

não daquilo 

que é

mas do que 

se mostra

do que 

é exigido

mostrar

crachá de

humano

para ser aceito

dinheiro

família

esposa

poder

pontual

idade

frieza absoluta

de máquina

bando de robôs

zumbis

sós 

carcaças

se achando

se achando 

gentes

sentados

sedados

sob 

cadá-

veres

tirando

self



a fisíca de partículas 

sabe muito bem

o real é aquilo que é

e não um sinônimo 

para visível



segunda-feira, 19 de maio de 2025

 

pequenina ode gandhárica a shakyamuni


a arte marcial no oriente 

é também uma arte poética 

há milênios



terça-feira, 1 de abril de 2025





 




  

  etwas durch die blume sagen


todo dia ver o nascer

do dia 

pássaros sem peso

costurando a manhã

gorjeios de luz

decifrar algum mistério 

entre as palavras 

e as paisagens






domingo, 9 de fevereiro de 2025


Memória Mãe das Musas


Enquanto vive

Se encha de alegria

Vida breve

Porque Tempo 

Cobra um fim 






https://youtu.be/Cm1aPxOORrs?si=zaKKLV15_OqUGynw

https://revistamododeusar.blogspot.com/2014/05/epitafio-de-seik

ilos.html?m=1







quinta-feira, 30 de janeiro de 2025


borbotão

as luas em tua pele despem esguelhas tais metais como suores-ócios possíveis consegues constelar toda alacridade firmes calhaus de véus vermelhos visgos vigos ao entardescer todos os ah! helenas que te compõe os seios estivadores conduzindo as carnes do fogo de doze sóis kinich ahaus tonatiuhs apu intis akhenaton e nefertiti rás de rá entre adornos de mur-ais em tua pele verões sem nunca esvair tais pares em mim sempre lhe defraudam de braços de grosseiros brutamontes mais ahs! quando beijas e largas os lábios abertos nas águas os lagos entrepernas vitríolos gotejam das sombras quando se despe penumbras rutilantes destradas d'óleos infindos celeuma dos sentidos frestas festas de prata e marfim elísios entre asfaltos e flores de enxofre enlevos em meio a lentos lenços lençóis de areias com ganges eternos onde não há corpos que lavar tornados iluminuras de espumazul contra céus de alúmen luminosos como noites róseas flúmens de fluídos quentes ferventes como o gelo dos pólenes a novastars explodindo ouros fúcsias tuas saias diamantas nos detalhes de anseios já paraísos não mais exéquias sem babéis tua língua clara dos sinos de sins ramos mais elevados das maçãs também do rosto fino flau aniz sem anos infindo altos gerifaltos além atrozes tornados no ar albatrozes livres coleios de najas cujos venenos mais doces que os vergéis de peiotes velozes vênus nas veias aurora verdes nos líquens combalidos siderados finalmentes impérios de afélios derrubados salvestrelas soar e suores destrelas folguedos de alfaias em pratas rutilantes após poucos passos o paço de nimbus carregados presentes perpétuos eros faz calar todo oráculo o som-nho e sumo e sumos novamente sem babéis tua língua clara dos sinos de sins