quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Nota de esclarecimento:


poesia desde o início, como a música, sempre foi um transe, e por causa. principalmente do transe, e mais nada. mais p/ isso ou para aquilo. do estado alterado\aprofundado da mente; o barato. o elemento sem o qual o que há de mais profundo não vai haver. pessoal não democraticamente compartilhado e curtido.
agora, do nada, editoras aparecem mas também querendo dizer "vamos lhe fazer um ENORME favor", "então faça logo e com pressa. já! formate. assim e assado. envie em, &s (word, pede efe) agora, ontem." - aquilo para o qual nunca criei uma fórmula exata, nem um tempo específico. não tem a ver com (ah! O)  "engenheiro do cabral": que não era funcion-ário. caríssimos srs. e sras. representantes de editoras que brotam dos inbox das redes sociais, nosso trabalho está disponível na rede e nalgumas pequeninas coletâneas por aí, já faz mais ou menos uma década. temos. tratado. de Outros assuntos. também. esta pressa, não temos por hora. 







canção quem
são seu lobos
essa manhã
inda sonho
o q fazem
ao fim
ao frio
tal sopro
nos dias um
embr
ul)
ho
(ver kledt i nattens farger
melho
contendo maçãs
quem abriu
a g
ar
ganta
canta
perfura
m
achados
d
e gelo
f
undo
albatrozes vão
alvas setas
desde quando
fechou
a febre
assim
o tór
ax
o “hora
deixe
o memento mori
por aí” venha
para fora;
“venha
para fora!”
d
aqui
essa montanha
você
imagina
agora
os leões
da tez
tempo
r
ais
impossíveis
a razão
d
os
prim
ei
ros
três
motivos
da rosa
não mísseis
?
“informamos
que são mais
de mil
feridos
in
feliz
mente
e a
greve é
geral”
GREVE
revoluções
não bibliot
ecas!
sem medo
fora temer o vazio
fora temer o embusteiro
fora temer o medíocre
fora temer o ilegítimo
fora temer o ditador
sem medo
com o irmão
o inimigo
dor
mindo
no quarto ao lado
escreve versos
nãoversos
antimúsica
não dorme
a noite no escritório
em que resp
ira
um computador
contra o silên
cio há a hora dos versos você uma hora
os deixa em algum pedaço de folha
aurora
ou ouvidos
sem saber se voltam
nunca mais
e não cobra
que hoje
venha
a cho
ver
d
isso mais por aqui
isso é amor
e pensam que é
deles
não daqueles
nunca
nosso
como an
tes dis
seram
s
ou homem
duro pouco
(muito!(?)
é
enorme a noite
menos porque
hoje se sabe
há muitos oceanos
além da t
erra
vida muito mais
que três
dimensões
verdade e nozes
mais
robustas
no supermercado
onde
deambulava
demônio dos faróis
am
o
r
r
angendo
o carrinho de compras
contra o azulejo
principalmente vinho
bêbados vendo pousar os aviões
beijos fiapos de grama nas roupas
calor nús seus olhos

e s
eu sexo
palma repleta
de grilos de cabelos
pequenos riscos
no lábio
de sangue
você
é tão bonita
porque
se parece com outra pessoa
aquela que fazem
aparecer mais por aí
que enfiam
metem com força
goela abaixo
de adolescentes zumbis
para vender igrejas valium
e arsênico
pasta de dentes
e sempre mais guerras
você
me oferece
uma lâmina
carregada
com tohil
e tétano
cega e corajosa
como aqueles
búfalos suicidas
você é tão querida
todos te adoram
e você ama
e compra
a todos
com a esperança
do seu sexo
a única cousa
que miseráveis têm
de divino
menina sorriso
vamos
morar na cracolândia
depois virar escritor brega
elevado pela culpa burguesa a cult
o que interessa é vender
cuspir e ladrar
diz o
vende
dor
que se propagandeia poeta
complexo de inferioridade
cuidadosamente
arquitetado pela sociedade
dos brancos populares
como você
alva alma
dos chiqueiros dosséis
das margaridas
comprar champagne
com seus dentes perfeitos
que têm aberto
todos os cadeados
ah céu e rochedo
seu peito
sua cabeça vazia
você não é especial você
acaba outras pessoas
começam
a vida insist
e indo sem prot
agonista
...
2016
...