& o q há
pra ser cantado
ah tédio divino
ócio sagrado
1 -
porque eu não consigo pensar sem registro
xanthus
(nos aventuramos em mundos externos)
pois eu ainda não tenho uma mente
enquanto o sol se punha no palácio
as pessoas seguram firme para manter a posse
a membrana é fina contém toda a vida
você perde suas arestas
lábios são como você me alcança
a voz é um sólido - um sólido volátil
aqui eu me sinto lá -
o outro lado do mar
o som de engrenagens e parafusos
agitando-se em redemoinho de clareza leitosa
se esforce e lute em uma folha fina
experiências em cidades estrangeiras
como portas fechadas sibilando
conte os painéis de cor avermelhada
eu queimo lilases na minha caminhada
uma aranha sendo esmagada
pisoteado e lentamente voltando à vida
volte
rajadas de uma só língua com cauda de sílaba
birra de poder de suas próprias convicções
volte
celular fundido
inorgânicos e nebulosos eles existem
volte
rajadas de uma só língua com cauda de sílaba
na luz misteriosa
euxino
olímpico
então lembre-se de sua boca ensanguentada e rindo
sombras que encontram o momento
ainda acho que tudo é edição
sem crucifixo sangrento
nossos terrores pós-sonho
movimento geral da natureza, como o vento
egeu
as pequenas janelas nos aviões
o conforto dos sapatos
bebendo água da montanha
2 -
DON´T WENT FOWARD
Eu te escuto
Você não quer voltar da realidade
eu regozijo
meu cérebro sim deprimente
eu te odeio
e devagar o dia permaneceu
mas duvidoso
esta carroça ainda ficou
mas sim ficou
ficou dali volta pior,
ficou?
Não quero ignorar
o que impede querer errado
possuo eternidade a encontrar
cooptar