não temer ser desconhecido
mas ocupar-se de fazer
um trabalho minimamente bom
(kung fu tsé)
Atira um olhar frio
Sobre a vida, sobre a morte.
Cavaleiro, segue em frente!
Cast a cold eye
On life, on death.
Horseman, pass by!
(epitáfio de w. b. yeats)
porque a vida, tristes (ou paranóicos) srs. e sras., não tem sentido algum. & nem precisa. aproveitemos as manhãs, as maçãs e os dias. https://www.youtube.com/watch?v=h8RfoTkxieM
1822: "In the future, Brazil will be a superpower."
1930: "In the future, Brazil will be a superpower."
1950: "In the future, Brazil will be a superpower."
1990: "In the future, Brazil will be a superpower."
2000: "In the future, Brazil will be a superpower."
2021: "In the future, Brazil will be a superpower."
2022...
(copiado de um comentário do y.t.)
Mas aprendi a queimar essa ponte e apagar
Aqueles que competem num nível obsoleto
Ao invés disso esquento minhas mãos nas chamas da bandeira
But I learned to burn that bridge and delete
Those who compete at a level that's obsolete
Instead I warm my hands on the flames of the flag
(zack de la rocha)
tau
ou mu
om
neutrinos
léptonsquarks
top
bottom
up
dow
strange charm
e
létrons
fóton
glúon
bósons
próton
nêutron
bárions
káo
ns
pí
on
mésons
o horror nos visita
o horror
como um estalo
uma imagem
ou memória
como voam
as mãos máscaras
um arroubo
a lembrança
de estar morto
em vida morte real
se morre trabalhando
servindo ao senhores
morte banal da maioria
mundo morto o da vida
o horror
desamparo universal
de tudo condenado
ao abismo infindo
qual das cores ousou
amar o fogo?
(embora talvez já seja muito tarde e estejamos mesmo a caminho de nos tornarmos cada vez mais apenas robôs, metódicos medíocres, cumpridores de metas, completamente presos à materialidade passageira das coisas. mais do que nunca, em tempos de comércio e interesses particulares acima de todos e de tudo, tendo seu sentido completamente rebaixado, assim como outros significantes fundamentais, se esvaziando na pena de pseudo poetas e embusteiros, na boca de qualquer um, em qualquer propaganda interesseira, manipulado por algoritmos, ainda precisa, urgentemente, ser reinventado)
janeiro é o mês de joão cabral de melo neto.
"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.
(...)
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."