terça-feira, 23 de junho de 2009

XXVIII

Wabi e Sabi


Wabi e Sabi:

este blog(i)


rs

XXIX - Eu-poeta




o rei menos o reino





aquele que tudo toca


já sendo


preso nele mesmo


coberto de tal mantra de poemas


zzzzu(unindo
)

o o



0






eco




eco




eco





eco






eco







eco






eco






eco






eco






eco






eco






eco






eco






eco






eco






eco






eco






eco





eco






eco






eco






eco






eco






eco









quinta-feira, 18 de junho de 2009

XXX

Solário



O peso d´águ

a

cabando com o tempo e

o corpo deitado

flutua no diáfano.


- Eu estou indo agora (a dez mil pés de civilidade).

- Vocêu? (cada

pétala

pesa tonelada)

- Como?


Troncos de palmeira

e pernas depiladas,

pássaros e as adolescentes

dobrando gazes nas coxas.


- Você não deveria estar aqui, deveria estar mascando Lucacks no alto de um Shopping Center.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Após o primeiro atentado ocorrido e a Guerra declarada.
Porrada...

Abertos os dias de
Bertran de Born
Viva o
Vinho
no sol
e (gordura) nas lâminas...


...e (tb) , à penumbra de Autafort,

Bernat del Ventadorn

"Non es meravelha s'eu chan
Melhs de nul autre chantador,
Que plus me tra.l cors vas amor
E melhs sui faihz a so coman.
Cor e cors e saber e sen
E fors' e poder i ai mes.
Si.m tira vas amor lo fres
Que vas autra part no.m aten."


Garudas
gritam gritos gulturais

minhas orelhas

Porrada...


domingo, 14 de junho de 2009



somos o mesmo


céu breu


temor de terra
apego ao horizonte

como adágas escalpelando um tecido


vermelho



mesma sepultura de estrelas
o vento as vozes
das
ondas
eterna dança de navalhas estrangeiras


somos o mesmo céu breu

sepultura
de estrelas o vento as
temor de terra apego ao
horizonte como adágas
escalpelando um tecido
vermelho mesma

vozes das ondas eterna
dança de navalhas
estrangeiras*


vermelho mesma sepultura
de estrelas o vento as
vozes das ondas eterna
dança de navalhas
estrangeiras*

somos o mesmo céu breu
temor de terra apego ao
horizonte como adágas
escalpelando um tecido




vozes das ondas eterna
dança de navalhas
estrangeiras

escalpelando um tecido
vermelho mesma sepultura
de estrelas o vento as

somos o mesmo céu breu
temor de terra apego ao
horizonte como adágas



quinta-feira, 11 de junho de 2009

XXXI


"Maurício,"



não é que toda pressa seja inimiga

da perfeição, pontiaguda de arrepio,

mas dessa atrapalha o fluído

rente a uma certa forma japonesa

de deixar brotar do solo mesmo

o que em outra cama seria insípido.


Musashi, creio, contra o balbucio

eterno da palavra (mesmo essa

vizinha ao puro vento) soube deixar-se

alerta lavrando com paciência

só o solo aplainado do espírito

que tem do peito casas, ruas, portaria.


Será mesmo o árduo exagero

do fazer sem fazer muito,

taoísta cabraliano, de fato

o derradeiro plano do fazer

que se faz mais no contido do

não querer que no enlace com o enevoado?


O que sabe-se, meu velho amigo,

é que os pés estão um atrás do outro,

tempestade se faz mesmo quando tropical,

não só a histeria de um vendaval mas*

essas gotas enormes que caem do contido

poema de nuvens quase negras - paciência torrencial.



* A chuva no Japão carrega os dois extremos da ventania e dos pingos fininhos. Não é como aqui, carregada de água. Seguindo o exemplo do Cordel, a gente tem é que fazer cair água!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

XXXII

Gobbledigook (ou canção-gratidão pela sintonia)



Vida -

pele INTERminável de



tudo



goza e nua




externaInterminá

véu tão óbvio
(só não visto nos olhos dos bobos)


seiva-sêmen
em veias

de tudo




Vida -

pele INTERminável de



tudo

O que cala a boca suja do Buda,
e joga as mortalhas
às malhas molhadas do tálamo


não há
o que não
grão

não há
nada que não deseja

desejo é nirvana
vagas de eivas
vazio
de relutância
do cio
certeza de eterna idade
o círculo
claro lúrido
úivo da carne
e da raiz

o círculo


Pele interminável