quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

 

das arrogâncias estúpidas

"Odi et amo. 
Quare id faciam, fortasse requiris." 
catulo 

porque nenhum poeta ainda refletiu ou desenvolveu que o amor é derivativo do ódio. porque nenhum sujeito surge caso não saiba bem o que não quer (a paixão pelo novo, pela invenção, que não é apenas mera pretensão ou algum tipo de disfunção). porque a suposta superioridade do amor sobre o ódio (simplesmente algo estrutural como sabem - por ex. - os orientais taoístas há milênios antes do vosso cristo) é uma das principais armas da religião (& do marketing) para manter seus fiéis numa posição infantil de fusionamento, para que possam se manter dependentes, na posição de não quererem saber nada sobre seus próprios desejos - para que nunca surjam de fato para a realidade e para o mundo. o mundo que é ainda um mundo de sombras. porque enquanto houver humanidade a verdade provavelmente sempre será combatida (e de buenas, fazer o quê?). porque somos ainda absurdamente atrasados. capazes de razão, mas nunca seres exatamente racionais. porque razão e emoção não estão de fato separados. porque corpo e mente são uma coisa só. porque vivemos ainda numa plutocracia pré-histórica. porque vivemos a pré-história eterna do que de fato poderia ser. ah! "o que poderia ser!" o momento presente. o presente fenomenológico, não o da física teórica. nenhum paraíso é maior do que o momento presente. nenhum outro tempo é melhor. nenhum tempo supera o aqui e agora (velho clichê). ao menos foi isso, que isto pôde concluir.