terça-feira, 10 de junho de 2025


sem música


a indiferença monstruosa das pessoas bem adaptadas a um mundo doente e decrépito 

o senso comum dos que só se importam consigo mesmos e com os seus

os genocídios silenciosos com os quais as pessoas de bem colaboram

as reflexões que não realizarão jamais

a cara falsa de merda que sustentam 

as famílias que se formam para dar continuidade à ignorância e frieza: pessoas como bonecos de carne apenas seguindo ordens e repetições inconscientes - tudo são apenas estruturas e sempre há os que sabem manipular a situação para lucrar

o silêncio que sempre farão sobre tudo isso

a verdade limitada que cada um pode acessar conforme o que consegue suportar

a grana da qual escorre sangue inclusive de crianças assassinadas pela qual trabalham se exibindo como imbecis

o mundo que caminha cada vez mais para o fascismo a destruição e aqueles que o constroem e o merecem 

a constatação de que não há mais música mas apenas artificialidade e interesses vulgares 

a constatação de que não não há nada de novo sob o sol a não ser talvez uma explosão nuclear um brilho final no horizonte 

o fim de toda vida conhecida ostentando a assinatura humana