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invadir as redes dominadas pelo imperialismo & exibir poemas de protesto, arte de vanguarda (que é das coisas que mais irritam fascistas, de fato - obras que não se oferecem à interpretação fácil. obras que apontam para a liberdade de um não-sentido-obrigatório (lembrando com barthes que a verdadeira fórmula do fascismo não é impedir de dizer, mas sim: obrigar a dizer. tal como a oposição "oficial" - oposição que já sai vencida - dos dias de hoje, que adota a linguagem e os métodos do neoliberalismo).
colisões. não sentido, não formas definidas. algo, aliás, como a vida e a realidade - pura vacuidade repleta de possibilidades, probabilidades) seria um baita dum novo movimento artístico e poético...
não fossem os poetas contemporâneos um bando de nerds que mal sabem carregar um windows. narizes empinados que têm preconceito até com videogames. passadistas, sim. não raro odiadores de tecnologia (embora sejamos o país que inventou a poesia concreta: aff!).
repito: uma época em que o fascismo avança e se espalha tanto só poderia, obviamente, estar repleta de contemporâneos egocêntricos e conservadores (por mais que se mostrem e se entendam como progressistas, "esquerda", etc). a situação é tão terrível que nem mesmo desconfiam. nem mesmo se enxergam minimamente como de fato são. cada um em sua bolha. cada bolha em suas bolhas. grupos fechados altamente narcísicos. todos se acreditando a última e única bela estrela da manhã? ora vejam, tal como terraplanistas, antivacinas e demais abominações contemporâneas?
sim. outro aspecto de nossa época de excesso e de domínio da informação. dividir e conquistar na ilusão de algum agrupamento, algo mais velho do que os velhos romanos pilhadores.
existem esforços. e/ou ao menos algum humor? um bom acaso? (que bom!). RECORDEM. mas, por enquanto, o mundo segue pilhado e perdido.
enfim, saudações. ave, kali!
o/
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