As rosas cruzam as ruas
Sem Pétalas
Só asas
Têm expostas suas flores
Com as pernas abertas, oferecidas
A pele lisa
Sem Música
Nem arte
A plumagem delicada do pudor
da moral que não vê além do espelho
São sempre tudo aquilo que querem que sejam
Pairam no ar como bexigas
Os olhos fincados no umbigo
Mas são rosas
Todas da mesma cor
Com o coração oferecido a um boeiro
As raízes aéreas no ar
O odor de plaquê no queixo