e vês que seguimos por entre os montes
nossos olhos apertados na testa
é o tempo sendo inimigo e louco
nesta cidade, ignomioso tempo,
mas... ah! e mais matilhas de algodão
lobos que contemplávamos nas nuvens
enquanto deitados naquela grama
naquele tempo que a memória ainda
deixa habitar algum momento agora
trrrrrrrrrrrrr e vimos começar tudo de
novo vozes velozes sobre os tímpanos
são as britadeiras, não brigadeiros
esse trânsito, tem gente vendendo
uma urucubaca pela janela,
no sinal, com duros pés de borracha
é a pouca proteção contra o asfalto*
que tem o seu corpo todo, espalhado
na paisagem cinza cheia de restos
do ano novo de alguns dias atrás
e seguindo pela estação da luz
tendo o lusíadas no suvaco e
são tantos tambores toda manhã
continuemos daqui até o final
(to be continued)